Estamos de férias até fevereiro. Deixo vocês com esta receita do Drummond.
Usem e abusem. Feliz 2010!
Receita de Ano Novo
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond Andrade
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
sábado, 12 de dezembro de 2009
1, 2, 3 gravando! CD Canto do Povo de um Lugar!
Hoje começou a gravação do novo CD do Ponto de Partida com o Coro Mineiros de Itabira.No estúdio da Bituca estão Serginho Silva (percussionista) e Gilvan de Oliveira (violonista)para gravar o instrumental. As vozes serão gravadas semana que vem. Está ficando lindo!
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Novo CD do Grupo Ponto de Partida com os "Mineiros de Itabira"!
Estamos em Itabira ensaiando o Coro "Mineiros de Itabira" para a gravação do nosso novo CD. Aguardem, em breve conto mais!
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Gringo Cardia e Ponto de Partida
Gringo Cardia e sua equipe estiveram em Barbacena para gravar as imagens para o Memorial de Minas. O trabalho foi ótimo. Nos divertimos muito!
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Ponto de Partida estreia "Drummond"!
Neste final de semana estreamos o espetáculo "Drummond" em Itabira. O espetáculo fez parte do projeto "Um Novo Olhar Sobre Itabira".No elenco, além do Grupo Ponto de Partida , tivemos a participação especial de Carolina Paixão, itabirana que integrou o espetáculo apartir de uma oficina com o Grupo.
O projeto será finalizado neste ano com a gravação de um CD com os "Mineiros de Itabira", coro composto por funcionários da Vale.
Estamos em Itabira ensaiando e preparando o Coro. Em breve mando mais notícias e claro, as fotos da nossa estreia. Aguardem!
O projeto será finalizado neste ano com a gravação de um CD com os "Mineiros de Itabira", coro composto por funcionários da Vale.
Estamos em Itabira ensaiando e preparando o Coro. Em breve mando mais notícias e claro, as fotos da nossa estreia. Aguardem!
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Release "O Círculo do Ouro"
Grupo Ponto de Partida estreia
“O Círculo do Ouro”
Às vésperas de completar 30 anos, grupo apresenta texto inédito que narra o “século de ouro” das Minas Gerais, reafirmando seu compromisso com a palavra e a literatura.
Único final de semana: dias 13, 14 e 15 de novembro no Teatro do SESC Vila Mariana
Após o sucesso de “Ser Minas tão Gerais” e “Pra Nhá Terra”, o grupo Ponto de Partida estreia “O Círculo do Ouro”, com seus 14 atores e realização do SESC SP. O espetáculo foca o olhar em um dos momentos mais determinantes da história de Minas Gerais e do país, quando as minas são descobertas e o ouro atrai para o sertão o maior contingente de habitantes jamais visto na colônia: nessa época, Villa Rica era mais populosa que Nova York. Seguindo os processos muito particulares do Ponto de Partida na montagem de um novo espetáculo, os personagens e o texto foram criados pelos atores a partir da pesquisa. A história e a dramaturgia são da diretora do grupo, Regina Bertola.
O texto traz a saga dessa gente vigiada, cercada por impostos absurdos e delações, afinal, o volume de ouro retirado das minas era tamanho que foi suficiente para contribuir significativamente com o financiamento da Revolução Industrial, na Inglaterra, e transformar o mundo para sempre*. Apesar disso, essa gente vivia em condições miseráveis, na luta permanente para sobreviver, se inventar, se nomear. Como essa herança nos determina hoje e como ela amalgamou tantos elementos na construção da nossa forma de ver e estar no mundo e na criação de nossos artistas contemporâneos é o mote da peça, com apresentações nos dias 13, 14 e 15 de novembro no Teatro do SESC Vila Mariana.
Toda essa história é contada do ponto de vista do povo e não se desenrola atada a nenhum compromisso didático. É puro teatro: lúdico e poético, que quer deixar aflorar os traços que nos determinam brasileiros, mas também as questões que nos instigam como seres humanos: o amor, a liberdade, o medo, a solidariedade, a sobrevivência, a paixão, a ousadia, a coragem, a loucura, a identidade.
Nesses 29 anos de trabalho, com mais de 30 espetáculos produzidos, o Ponto de Partida orgulha-se de ter pesquisado e criado uma dramaturgia que coloca o homem brasileiro no centro do palco, no papel principal. Tem incorporados à sua bagagem textos de sua autoria, como Viva o Povo Brasileiro ou Beco – a ópera do lixo, montagens de grandes autores brasileiros, como Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Manoel de Barros, Jorge Amado, Adélia Prado, Bartolomeu Campos de Queirós e a obra de compositores como Milton Nascimento, Chico Buarque, Pablo Bertola. E, apesar de fortemente ligado às suas raízes culturais, em momento algum o grupo se fecha num regionalismo estreito, haja visto a sua carreira internacional com vários espetáculos premiados fora do país.
*fonte: KOSHIBA, Luiz – História do Brasil. São Paulo, Ed. Atual, 1993.
O TEXTO
Além do desafio imenso de inventar um espetáculo tendo como suporte mais de um século de História, o aspecto mais instigante e inovador do “O Círculo do Ouro” é que essa história é contada a partir da fala do povo e do universo de escritores mineiros contemporâneos. Então, os personagens do século XVIII, em sua maioria mestiços, falam também Adélia Prado, Drummond e Guimarães Rosa. E o mais emocionante é como isso se concilia, com que propriedade o texto toma forma e como é quase mágico perceber como as palavras empregadas em outros textos e contextos, se entregam com gosto a essa nova história. Também se incorporam ao texto documentos oficiais, cartas régias, decretos, “bandos”, cartas de viajantes que determinam o tempo histórico e mostram a relação da Coroa e do poder com a gente das Minas.
Apesar de “O Círculo do Ouro” estar contextualizado num tempo histórico ele é uma ficção, um texto dramático.
DA ENCENAÇÃO
A encenação reforça a linguagem estética do Ponto de Partida que constrói os espetáculos a partir do ator e de um elemento físico que perpassa todo o espetáculo configurando o espaço e o jogo teatral, que se dá em cena, compactuado com a plateia.
O barroco é um espaço em movimento e é isso que o grupo busca criar no espetáculo. São usados sacos de farinha enchidos com os mais diversos elementos, que instauram permanentemente os espaços cênicos para atender às necessidades dramática e estética da encenação. Também são configurados os caminhos de Minas tortuosos, articulados em desvãos.
Como a encenação tem um ritmo muito forte e se configura quase como um roteiro cinematográfico, a luz foi inventada para iluminar essa cena em movimento. Além de ser muitas vezes cenográfica, ainda reforça em alguns momentos a estética barroca do claro escuro, que procura a dramaticidade conquistada pela luz.
Os figurinos carregam as cores de Mestre Athayde e pintam a cena em nuances barrocas. O público se identifica com o espetáculo e completa a encenação confirmando esse mistério insondável que, algumas vezes, acontece: quando os atores e público são a mesma trupe, cúmplices, deleitando-se com uma história que os diverte, os comove e os particulariza.
DA PESQUISA
O Círculo do Ouro foi construído a partir de três anos de pesquisa com a assessoria de especialistas dos diversos aspectos que ele aborda, com muitas leituras técnicas e literárias, com consultas a documentos do Arquivo Mineiro, com várias visitas às cidades históricas, ora sozinhos, ora acompanhados de historiadores e artistas plásticos, com estudos minuciosos da linguagem e da música do século XVIII.
Todo o conhecimento que esse espetáculo exigiu, deu a segurança e a liberdade necessárias para o grupo fugir a qualquer pretensão de precisão histórica ou isenção científica e buscar permanentemente o tom dramático, a solução teatral, os caminhos arriscados e tentadores da criação.
DA MÚSICA
A pesquisa foi feita pelo Ponto de Partida, sob coordenação de Pablo Bertola. Remonta aos compositores barrocos mineiros, ao canto dos negros: os vissungos, os cantos religiosos, os cantos de festas como o lundu e os batuques e a música que começou a ser produzida para movimentar a incipiente vida social urbana, como as modinhas. Também se aprendeu a dançar a umbigada e a contra dança, o moçambique e o samba de roda.
Como a proposta do espetáculo é mostrar como esse período influenciou na produção artística contemporânea, também incorporam-se à trilha músicas de compositores mineiros de várias gerações como Ary Barroso, João Bosco, Nivaldo Ornelas, Fernando Brant, Milton Nascimento e Sérgio Santos. É difícil identificar, em alguns momentos, onde eles se separam dos compositores populares do século XVIII ou do canto dos escravos. Também estão em cena músicas compostas especialmente para o espetáculo por Gilvan de Oliveira e Pablo Bertola, que também assinam a direção musical.
Os atores se exercitaram para dominar toda essa gama de canções e, quando a trilha se configurou, a sonoridade de “O Círculo do Ouro” se confirmou muito particular. A música é tocada em cena por atores/músicos e ao vivo pelo pianista Felipe Moreira.
Enfim, o que se buscou incessantemente no espetáculo foi realizar o nunca havido, com todos os riscos que isso acarreta.
“O Círculo do Ouro”
Às vésperas de completar 30 anos, grupo apresenta texto inédito que narra o “século de ouro” das Minas Gerais, reafirmando seu compromisso com a palavra e a literatura.
Único final de semana: dias 13, 14 e 15 de novembro no Teatro do SESC Vila Mariana
Após o sucesso de “Ser Minas tão Gerais” e “Pra Nhá Terra”, o grupo Ponto de Partida estreia “O Círculo do Ouro”, com seus 14 atores e realização do SESC SP. O espetáculo foca o olhar em um dos momentos mais determinantes da história de Minas Gerais e do país, quando as minas são descobertas e o ouro atrai para o sertão o maior contingente de habitantes jamais visto na colônia: nessa época, Villa Rica era mais populosa que Nova York. Seguindo os processos muito particulares do Ponto de Partida na montagem de um novo espetáculo, os personagens e o texto foram criados pelos atores a partir da pesquisa. A história e a dramaturgia são da diretora do grupo, Regina Bertola.
O texto traz a saga dessa gente vigiada, cercada por impostos absurdos e delações, afinal, o volume de ouro retirado das minas era tamanho que foi suficiente para contribuir significativamente com o financiamento da Revolução Industrial, na Inglaterra, e transformar o mundo para sempre*. Apesar disso, essa gente vivia em condições miseráveis, na luta permanente para sobreviver, se inventar, se nomear. Como essa herança nos determina hoje e como ela amalgamou tantos elementos na construção da nossa forma de ver e estar no mundo e na criação de nossos artistas contemporâneos é o mote da peça, com apresentações nos dias 13, 14 e 15 de novembro no Teatro do SESC Vila Mariana.
Toda essa história é contada do ponto de vista do povo e não se desenrola atada a nenhum compromisso didático. É puro teatro: lúdico e poético, que quer deixar aflorar os traços que nos determinam brasileiros, mas também as questões que nos instigam como seres humanos: o amor, a liberdade, o medo, a solidariedade, a sobrevivência, a paixão, a ousadia, a coragem, a loucura, a identidade.
Nesses 29 anos de trabalho, com mais de 30 espetáculos produzidos, o Ponto de Partida orgulha-se de ter pesquisado e criado uma dramaturgia que coloca o homem brasileiro no centro do palco, no papel principal. Tem incorporados à sua bagagem textos de sua autoria, como Viva o Povo Brasileiro ou Beco – a ópera do lixo, montagens de grandes autores brasileiros, como Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Manoel de Barros, Jorge Amado, Adélia Prado, Bartolomeu Campos de Queirós e a obra de compositores como Milton Nascimento, Chico Buarque, Pablo Bertola. E, apesar de fortemente ligado às suas raízes culturais, em momento algum o grupo se fecha num regionalismo estreito, haja visto a sua carreira internacional com vários espetáculos premiados fora do país.
*fonte: KOSHIBA, Luiz – História do Brasil. São Paulo, Ed. Atual, 1993.
O TEXTO
Além do desafio imenso de inventar um espetáculo tendo como suporte mais de um século de História, o aspecto mais instigante e inovador do “O Círculo do Ouro” é que essa história é contada a partir da fala do povo e do universo de escritores mineiros contemporâneos. Então, os personagens do século XVIII, em sua maioria mestiços, falam também Adélia Prado, Drummond e Guimarães Rosa. E o mais emocionante é como isso se concilia, com que propriedade o texto toma forma e como é quase mágico perceber como as palavras empregadas em outros textos e contextos, se entregam com gosto a essa nova história. Também se incorporam ao texto documentos oficiais, cartas régias, decretos, “bandos”, cartas de viajantes que determinam o tempo histórico e mostram a relação da Coroa e do poder com a gente das Minas.
Apesar de “O Círculo do Ouro” estar contextualizado num tempo histórico ele é uma ficção, um texto dramático.
DA ENCENAÇÃO
A encenação reforça a linguagem estética do Ponto de Partida que constrói os espetáculos a partir do ator e de um elemento físico que perpassa todo o espetáculo configurando o espaço e o jogo teatral, que se dá em cena, compactuado com a plateia.
O barroco é um espaço em movimento e é isso que o grupo busca criar no espetáculo. São usados sacos de farinha enchidos com os mais diversos elementos, que instauram permanentemente os espaços cênicos para atender às necessidades dramática e estética da encenação. Também são configurados os caminhos de Minas tortuosos, articulados em desvãos.
Como a encenação tem um ritmo muito forte e se configura quase como um roteiro cinematográfico, a luz foi inventada para iluminar essa cena em movimento. Além de ser muitas vezes cenográfica, ainda reforça em alguns momentos a estética barroca do claro escuro, que procura a dramaticidade conquistada pela luz.
Os figurinos carregam as cores de Mestre Athayde e pintam a cena em nuances barrocas. O público se identifica com o espetáculo e completa a encenação confirmando esse mistério insondável que, algumas vezes, acontece: quando os atores e público são a mesma trupe, cúmplices, deleitando-se com uma história que os diverte, os comove e os particulariza.
DA PESQUISA
O Círculo do Ouro foi construído a partir de três anos de pesquisa com a assessoria de especialistas dos diversos aspectos que ele aborda, com muitas leituras técnicas e literárias, com consultas a documentos do Arquivo Mineiro, com várias visitas às cidades históricas, ora sozinhos, ora acompanhados de historiadores e artistas plásticos, com estudos minuciosos da linguagem e da música do século XVIII.
Todo o conhecimento que esse espetáculo exigiu, deu a segurança e a liberdade necessárias para o grupo fugir a qualquer pretensão de precisão histórica ou isenção científica e buscar permanentemente o tom dramático, a solução teatral, os caminhos arriscados e tentadores da criação.
DA MÚSICA
A pesquisa foi feita pelo Ponto de Partida, sob coordenação de Pablo Bertola. Remonta aos compositores barrocos mineiros, ao canto dos negros: os vissungos, os cantos religiosos, os cantos de festas como o lundu e os batuques e a música que começou a ser produzida para movimentar a incipiente vida social urbana, como as modinhas. Também se aprendeu a dançar a umbigada e a contra dança, o moçambique e o samba de roda.
Como a proposta do espetáculo é mostrar como esse período influenciou na produção artística contemporânea, também incorporam-se à trilha músicas de compositores mineiros de várias gerações como Ary Barroso, João Bosco, Nivaldo Ornelas, Fernando Brant, Milton Nascimento e Sérgio Santos. É difícil identificar, em alguns momentos, onde eles se separam dos compositores populares do século XVIII ou do canto dos escravos. Também estão em cena músicas compostas especialmente para o espetáculo por Gilvan de Oliveira e Pablo Bertola, que também assinam a direção musical.
Os atores se exercitaram para dominar toda essa gama de canções e, quando a trilha se configurou, a sonoridade de “O Círculo do Ouro” se confirmou muito particular. A música é tocada em cena por atores/músicos e ao vivo pelo pianista Felipe Moreira.
Enfim, o que se buscou incessantemente no espetáculo foi realizar o nunca havido, com todos os riscos que isso acarreta.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
domingo, 1 de novembro de 2009
Um Novo Olhar Sobre Itabira
Dando continuidade ao Projeto Um novo Olhar Sobre Itabira, o Grupo Ponto de Partida levou a cidade o seu mais novo trabalho, o espetáculo “O Círculo do Ouro”. Foram duas apresentações.Trocando história por história ,ingressos por livros, arrecadamos um grande número de livros que serão repassados a um Banco de livros em Itabira.
O Ponto de Partida retomou também o trabalho com os “Mineiros de Itabira”, coro composto por funcionários da Vale. Foi emocionante reencontrá-los tão animados! Estamos muito felizes com o retorno. Teve cantoria e tudo!
Foi inaugurada a Exposição de Fotos Memória Compartilhada que também faz parte do projeto Um Novo Olhar Sobre Itabira e há dois anos estava sendo preparada. Valeu a pena a espera já que a exposição ficou linda. Nem Drummond imaginaria que sua casa agora habita não só suas memórias mas de toda a cidade. A casa azul está cheia de caixas azuis e dentro das caixas: amores, amigos, lembranças e saudades. Alexandre Rousset e Tereza Bruzzi, junto com o Ponto de Partida, fizeram um trabalho primoroso com fotos cedidas por famílias de Itabira.
Entrar na casa é viajar num tempo não muito longe...onde as crianças desciam as ladeiras com suas asas de anjo!
A exposição está na Casa de Drummond, Itabira - MG, até o dia 27 de novembro.
Vejam as fotos aqui no Blog (à direita) e não deixem de visitar!
Casa
Carlos Drummond de Andrade
Há de dar para a Câmara,
De poder a poder.
No flanco, a matriz,
De poder a poder
Ter vista para a serra,
De poder a poder
Sacadas e sacadas,
Comandando a paisagem
Há der ter dez quartos
De portas sempre abertas
Ao olho e pisar do chefe
Areia fina lavada
Na sala de visitas
Alcova no fundo
Sufocando o segredo
De cartas e baús
Enferrujados
Terão pátio
Quase espanhol vazio
Pedrento
Fotografando o silêncio
Do sol sobre a laje
Da família sobre o tempo
Forno estufado
Fogão de muita fumaça
E renda de picumã nos barrotes
Galinheiro cumprido
Á sobra de muro úmido.
Quintal erguido
Em rampa suave, flores
Convertidas em hortaliça
E chão ofertado ao corpo
Que adore conviver
Com formigas, desenterrar minhocas,
Ler revista e nuvem
Quintal terminado em pasto infinito
Onde um cavalo espere
O dia seguinte
E o bambuzal receba
Telex do vento.
Há de ter muito isso
Mais o quarto de lenha
Mais o quarto de arrepios
Mais a estrebaria
Para o chefe apear e montar
Na maior comodidade
Há de ser por fora
Azul 1911
Do contrário não é a casa.
O Ponto de Partida retomou também o trabalho com os “Mineiros de Itabira”, coro composto por funcionários da Vale. Foi emocionante reencontrá-los tão animados! Estamos muito felizes com o retorno. Teve cantoria e tudo!
Foi inaugurada a Exposição de Fotos Memória Compartilhada que também faz parte do projeto Um Novo Olhar Sobre Itabira e há dois anos estava sendo preparada. Valeu a pena a espera já que a exposição ficou linda. Nem Drummond imaginaria que sua casa agora habita não só suas memórias mas de toda a cidade. A casa azul está cheia de caixas azuis e dentro das caixas: amores, amigos, lembranças e saudades. Alexandre Rousset e Tereza Bruzzi, junto com o Ponto de Partida, fizeram um trabalho primoroso com fotos cedidas por famílias de Itabira.
Entrar na casa é viajar num tempo não muito longe...onde as crianças desciam as ladeiras com suas asas de anjo!
A exposição está na Casa de Drummond, Itabira - MG, até o dia 27 de novembro.
Vejam as fotos aqui no Blog (à direita) e não deixem de visitar!
Casa
Carlos Drummond de Andrade
Há de dar para a Câmara,
De poder a poder.
No flanco, a matriz,
De poder a poder
Ter vista para a serra,
De poder a poder
Sacadas e sacadas,
Comandando a paisagem
Há der ter dez quartos
De portas sempre abertas
Ao olho e pisar do chefe
Areia fina lavada
Na sala de visitas
Alcova no fundo
Sufocando o segredo
De cartas e baús
Enferrujados
Terão pátio
Quase espanhol vazio
Pedrento
Fotografando o silêncio
Do sol sobre a laje
Da família sobre o tempo
Forno estufado
Fogão de muita fumaça
E renda de picumã nos barrotes
Galinheiro cumprido
Á sobra de muro úmido.
Quintal erguido
Em rampa suave, flores
Convertidas em hortaliça
E chão ofertado ao corpo
Que adore conviver
Com formigas, desenterrar minhocas,
Ler revista e nuvem
Quintal terminado em pasto infinito
Onde um cavalo espere
O dia seguinte
E o bambuzal receba
Telex do vento.
Há de ter muito isso
Mais o quarto de lenha
Mais o quarto de arrepios
Mais a estrebaria
Para o chefe apear e montar
Na maior comodidade
Há de ser por fora
Azul 1911
Do contrário não é a casa.
Circulo do Ouro em Juiz de Fora
Foi de arrepiar a apresentação do espetáculo “O Círculo do Ouro” no Cine Theatro Central. Casa lotada!Próxima parada: São Paulo, Teatro Sesc Vila Mariana!
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Pra Nhá Terra no Espaço Tom Jobim Rio de Janeiro!
A estreia do espetáculo Pra Nhá Terra no Rio de Janeiro foi um sucesso! Foram quatro dias de apresentação, casa cheia e muita história pra contar!
Na platéia tivemos a presença de grandes amigos que sempre acompanharam a trajetória do Grupo Ponto de Partida como Sérgio Brito, Milton Nascimento, Natália Timberg, Angel Viana, Antônio Bento, Dori Caymmi!
Tivemos também na platéia: Marieta Severo, Paulinho Mosca, Larissa Bracher, Gringo Cardia, Tereza Saiblitz, Edwin Luise, Vitória Frates... e por aí vai rompe!
Sérgio Brito e Tereza Saiblitz
Angel Viana
Milton Nascimento (Bituca)
Dori Caymmi
Ulysses Cruz
Marieta Severo
Gringo Cardia
Cissa Guimarães
Edwin Louise
Barata
Gustavo e Henrique
Ronaldo e Henrique
Eduardo Salino
Paulo Trajano
Antônio Bento e Michel
Amigos da CAL
Vitória Frates
Paulinho Mosca e Larissa Bracher
Linda platéia!
Na platéia tivemos a presença de grandes amigos que sempre acompanharam a trajetória do Grupo Ponto de Partida como Sérgio Brito, Milton Nascimento, Natália Timberg, Angel Viana, Antônio Bento, Dori Caymmi!
Tivemos também na platéia: Marieta Severo, Paulinho Mosca, Larissa Bracher, Gringo Cardia, Tereza Saiblitz, Edwin Luise, Vitória Frates... e por aí vai rompe!
Sérgio Brito e Tereza Saiblitz
Angel Viana
Milton Nascimento (Bituca)
Dori Caymmi
Ulysses Cruz
Marieta Severo
Gringo Cardia
Cissa Guimarães
Edwin Louise
Barata
Gustavo e Henrique
Ronaldo e Henrique
Eduardo Salino
Paulo Trajano
Antônio Bento e Michel
Amigos da CAL
Vitória Frates
Paulinho Mosca e Larissa Bracher
Linda platéia!
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