Por Érica Elke
Pablo Bertola está em Görlitz-Alemanha divulgando seu novo trabalho o show "Bazar".O show apresenta músicas inéditas de Pablo e seus parceiros. Se você ainda não conhece o seu trabalho do visite: ::PabloBertola::.
::Mais::
Pablo praticamente nasceu no palco. Vários de seus primeiros sonhos habitaram camarins. Aos três anos estreou como filho caçula da fascinante família Von Trapp, em Cantaramar, uma adaptação do Ponto de Partida da Noviça Rebelde. Tão pequeno que, no Palácio das Artes, só de entrar no palco arrancava delirantes aplausos da platéia. Aos cinco, no Beco - a ópera do lixo, interpretou Pedrinho. A imprensa paulista o comparou aos grandes atores mirins de Hollywood: pequenino, a dançar e a cantar, emocionando o público com sua voz afinadíssima e sua fragilidade emprestada ao espetáculo. Nesses anúncios do sagrado, no Beco, ele ganhou de Gilvan de Oliveira e Fernando Brant a primeira música inédita para o seu repertório: Amanhecer, que gravou com Gilvan e o Ponto de Partida no CD Estação XV.
Daí para frente, dividido entre a escola e o palco, trabalhou em vários espetáculos do Ponto de Partida, quase sempre musicais: Drummond, Viva o povo brasileiro, Tear – histórias de amor, Travessia, Ciganos, que faz também como instrumentista, Roda que Rola, Santa Ceia e Ser Minas tão Gerais, com Milton Nascimento e os Meninos de Araçuaí. Em 2002, no projeto Paz nas Escolas, destinado a adolescentes, fez seu primeiro show: Paz.com, como músico e cantor.
Em 2004, com Lido Loschi, assina a trilha sonora do espetáculo A Vaquinha Lelé, montagem do Ponto de Partida com a Casa de Arte&Ofício.
Com o Ponto de Partida gravou os CDs Estação XV, Roda que Rola e o DVD Ser Minas tão Gerais. A convite de Milton Nascimento participou do coro masculino do disco Pietá.
Sua infância e adolescência foram povoadas por Riobaldos e Diadorins, Manoéis e Amados, pedras no meio do caminho e ciganos. Cresceu misturado a músicos, escritores, poetas, atores, gente singular. Fez do Ponto de Partida a sua família, dividindo com o grupo o aprendizado e as conquistas, o palco e a sobrevivência, os mistérios da vida e da morte. Aos 17 anos decidiu ser músico e não ator, quem poderia imaginar? E então como conta seu parceiro Lido Loschi “a canção explodiu no coração do menino. Fagulha, asa, tino. Traçou o seu destino mundo afora.”
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Ponto de Partida no Criança Esperança!!!
Por Érica Elke
A apresentação foi um sucesso!!!Apesar da música Maria solidária ser de Milton, nunca tinha sido cantada e nem gravada por ele, foi uma honra pro Ponto de Partida compartilhar este momento. Obrigada a Gabriel Vilela, Ulisses Cruz e toda equipe da Rede Globo(produtores, maquiadores, cabelereiros...). Um agradecimento especial aos nossos Meninos de Araçuaí que simplismente arrasaram!!! Assistam e comentem!
A apresentação foi um sucesso!!!Apesar da música Maria solidária ser de Milton, nunca tinha sido cantada e nem gravada por ele, foi uma honra pro Ponto de Partida compartilhar este momento. Obrigada a Gabriel Vilela, Ulisses Cruz e toda equipe da Rede Globo(produtores, maquiadores, cabelereiros...). Um agradecimento especial aos nossos Meninos de Araçuaí que simplismente arrasaram!!! Assistam e comentem!
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Ponto de Partida no Criança Esperança!!!
Por Érica Elke
O Ponto de Partida, os Meninos de Araçuaí e Milton Nascimento abrirão o show Criança Esperança neste sábado. O convite foi feito por nosso querido amigo Gabriel Vilella e tudo que podemos adiantar é que vai ser uma linda festa!
Mais:
"O show é o ponto alto da campanha Criança Esperança, uma festa que mobiliza cerca de 1.000 profissionais, entre artistas, técnicos, jornalistas, e produtores. A partir de 2004, o show passou a ser realizado em dois dias, no sábado e no domingo.
Desde sua primeira edição, em 1986, o espetáculo já aconteceu em quatro cidades brasileiras: Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e São Paulo.
Em 2008, depois de 15 anos, o show retornou ao Rio de Janeiro, numa grande festa realizada na Arena do Rio. Em 2009, o show acontecerá nos dias 22 e 23 de agosto, sábado e domingo, no Rio de Janeiro.
Este ano, com direção de Wolf Maya, o show apresentará muitas novidades."
Não percam!
O Ponto de Partida, os Meninos de Araçuaí e Milton Nascimento abrirão o show Criança Esperança neste sábado. O convite foi feito por nosso querido amigo Gabriel Vilella e tudo que podemos adiantar é que vai ser uma linda festa!
Mais:
"O show é o ponto alto da campanha Criança Esperança, uma festa que mobiliza cerca de 1.000 profissionais, entre artistas, técnicos, jornalistas, e produtores. A partir de 2004, o show passou a ser realizado em dois dias, no sábado e no domingo.
Desde sua primeira edição, em 1986, o espetáculo já aconteceu em quatro cidades brasileiras: Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e São Paulo.
Em 2008, depois de 15 anos, o show retornou ao Rio de Janeiro, numa grande festa realizada na Arena do Rio. Em 2009, o show acontecerá nos dias 22 e 23 de agosto, sábado e domingo, no Rio de Janeiro.
Este ano, com direção de Wolf Maya, o show apresentará muitas novidades."
Não percam!
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
O Círculo do Ouro em Belo Horizonte
Por Érica Elke
terça-feira, 11 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
"O Círculo do Ouro" em Belo Horizonte!!!
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Lindo depoimento!
"Ser de Minas
Em Minas se conta causos sobre tudo e para tudo
Em Minas enterra-se o umbigo na roseira ou no curral
Em Minas a raiz é indígena, africana, portuguesa...
Em Minas o mar é de morros e o céu parece estar perto de nossos olhos
E é em Minas que está um Ponto de Partida.
Em Minas tem diamante e tem ouro
Em Minas teve terra explorada e povo escravizado
Em Minas tem queijo, pão de queijo e goiabada
Tem macumba e reza; santo e tambor.
E para contar-nos causos sobre “o círculo do ouro” mineiro, sobre o que se pagava e como se pagava; sobre mortes e medos, encomendas e emboscadas; sobre coragens e cantos, os atores de Barbacena foram a fundo à boca dos mineiros e ouviram o que se pode guardar do que viveu, do que se sonhou, do que construiu numa Minas antes de nós.
Entre sacos e luzes, um bailado se formava entre o cenário e as palavras soavam sempre como poesia, dando sentido ao nosso jeito e ao nosso corpo.
Estivemos por delicadas 3 horas, envolvidos com este universo que ia despindo-nos e nos aproximando do ser mineiro, entre idas e vindas, entre mina e igreja; entre terreiro e ruas; entre ordem e desordem numa cidade que mora dentro de nossos sonhos e imaginários.
As roupas dos atores nos traziam o peso da história, das estradas e dos trabalhos. E as cores o universo do pé no chão, da corte, do calor e até do ouro preto enlouquecido. Este Ouro Preto que deu corpo para a mãe-cidade Maria, que caminhou por estas terras mineiras buscando consolo, filho morte.
Depois de ir a Barbacena no último dia 24 de julho, para compartilhar a estréia do novo espetáculo do Ponto de Partida, muitas histórias ainda me soam aos ouvidos e aos pensamentos. O espetáculo ainda me habita; faz-me ser ainda mais mineira.
A direção corajosa e rigorosa de Regina Bertola dá aos atores a segurança de falar intimamente de si enquanto personagens de uma história real; que se pode viver, reviver e contar.
O canto perfeito vindo de corpos em ação dá ao espetáculo o tom deste estado carregado de musicalidade e poesia, de gentes.
E a despedida não podia ser outra “Longe longe/ Ouço esta voz/ Memória não morrerá”. A voz de Milton se instala em nós como um presente divino cultivado em terras mineiras.
Fazer desta história teatro, neste caso é, sobretudo, ir ao encontro de si mesmo e trabalhar sobre cada detalhe de possibilidades e limites, construindo um rito de passagem para dentro de cada um de nós que ali quis estar para ser Minas.
Um grupo que se fez em Minas, que abraçou os meninos do Vale, que abre escola para a gente da Mata e pode ser generoso e calmo para estrear 4 anos de dedicação, escuta e “esculturação” de um ato teatral - este grupo teve o Ponto de Partida mas não sabia que podia ir tão longe para chegar tão perto de si.
O que se pode dizer, ainda depois de tantas palavras é: Obrigada! E: Recomendado! E que eles venham a Juiz de Fora, nos fazer mais mineiros. É neste círculo, entre alegrias e tristezas, certezas e incertezas, que se pode ainda ser mineiro."
Gabriela Machado Ferreira – Juiz de Fora/MG
Em Minas se conta causos sobre tudo e para tudo
Em Minas enterra-se o umbigo na roseira ou no curral
Em Minas a raiz é indígena, africana, portuguesa...
Em Minas o mar é de morros e o céu parece estar perto de nossos olhos
E é em Minas que está um Ponto de Partida.
Em Minas tem diamante e tem ouro
Em Minas teve terra explorada e povo escravizado
Em Minas tem queijo, pão de queijo e goiabada
Tem macumba e reza; santo e tambor.
E para contar-nos causos sobre “o círculo do ouro” mineiro, sobre o que se pagava e como se pagava; sobre mortes e medos, encomendas e emboscadas; sobre coragens e cantos, os atores de Barbacena foram a fundo à boca dos mineiros e ouviram o que se pode guardar do que viveu, do que se sonhou, do que construiu numa Minas antes de nós.
Entre sacos e luzes, um bailado se formava entre o cenário e as palavras soavam sempre como poesia, dando sentido ao nosso jeito e ao nosso corpo.
Estivemos por delicadas 3 horas, envolvidos com este universo que ia despindo-nos e nos aproximando do ser mineiro, entre idas e vindas, entre mina e igreja; entre terreiro e ruas; entre ordem e desordem numa cidade que mora dentro de nossos sonhos e imaginários.
As roupas dos atores nos traziam o peso da história, das estradas e dos trabalhos. E as cores o universo do pé no chão, da corte, do calor e até do ouro preto enlouquecido. Este Ouro Preto que deu corpo para a mãe-cidade Maria, que caminhou por estas terras mineiras buscando consolo, filho morte.
Depois de ir a Barbacena no último dia 24 de julho, para compartilhar a estréia do novo espetáculo do Ponto de Partida, muitas histórias ainda me soam aos ouvidos e aos pensamentos. O espetáculo ainda me habita; faz-me ser ainda mais mineira.
A direção corajosa e rigorosa de Regina Bertola dá aos atores a segurança de falar intimamente de si enquanto personagens de uma história real; que se pode viver, reviver e contar.
O canto perfeito vindo de corpos em ação dá ao espetáculo o tom deste estado carregado de musicalidade e poesia, de gentes.
E a despedida não podia ser outra “Longe longe/ Ouço esta voz/ Memória não morrerá”. A voz de Milton se instala em nós como um presente divino cultivado em terras mineiras.
Fazer desta história teatro, neste caso é, sobretudo, ir ao encontro de si mesmo e trabalhar sobre cada detalhe de possibilidades e limites, construindo um rito de passagem para dentro de cada um de nós que ali quis estar para ser Minas.
Um grupo que se fez em Minas, que abraçou os meninos do Vale, que abre escola para a gente da Mata e pode ser generoso e calmo para estrear 4 anos de dedicação, escuta e “esculturação” de um ato teatral - este grupo teve o Ponto de Partida mas não sabia que podia ir tão longe para chegar tão perto de si.
O que se pode dizer, ainda depois de tantas palavras é: Obrigada! E: Recomendado! E que eles venham a Juiz de Fora, nos fazer mais mineiros. É neste círculo, entre alegrias e tristezas, certezas e incertezas, que se pode ainda ser mineiro."
Gabriela Machado Ferreira – Juiz de Fora/MG
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Mais depoimentos sobre o espetáculo!!!
"O Círculo do Ouro trouxe a bricolagem mineira de seu próprio povo, as urdiduras misturadas que tecem nossa história. Das desconfianças ensimesmadas às descontrações dançantes, entre canções e umbigadas. A vida mineira, das minas, das catas, das grupiaras, aquela vida meio assim alegre e triste tudo junto e misturado, vivendo de gangão em gangão. Tudo isso aconteceu, com cores esparramadas no palco, entre o sol do meio dia e o lusco-fusco do entardecer e as conspirações enfronhadas pela noite, numa paleta de luzes mística e bela.
Nas bocas do Ponto de Partida Minas se cantou, em músicas negras, em músicas escravizadas nas lacunas da história, sem registro preciso, sem difusão, com grande maturidade. A religiosidade mesclada, catolicizada, sincrética, africana. A saga de um povo vindo à tona pelas bocas do próprio povo, renascidos em dramaturgia colaborativa, mostrando a que veio e de onde veio nosso Ponto de Partida."
Fred Furtado - Barbacena
Nas bocas do Ponto de Partida Minas se cantou, em músicas negras, em músicas escravizadas nas lacunas da história, sem registro preciso, sem difusão, com grande maturidade. A religiosidade mesclada, catolicizada, sincrética, africana. A saga de um povo vindo à tona pelas bocas do próprio povo, renascidos em dramaturgia colaborativa, mostrando a que veio e de onde veio nosso Ponto de Partida."
Fred Furtado - Barbacena
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