"O Círculo do Ouro trouxe a bricolagem mineira de seu próprio povo, as urdiduras misturadas que tecem nossa história. Das desconfianças ensimesmadas às descontrações dançantes, entre canções e umbigadas. A vida mineira, das minas, das catas, das grupiaras, aquela vida meio assim alegre e triste tudo junto e misturado, vivendo de gangão em gangão. Tudo isso aconteceu, com cores esparramadas no palco, entre o sol do meio dia e o lusco-fusco do entardecer e as conspirações enfronhadas pela noite, numa paleta de luzes mística e bela.
Nas bocas do Ponto de Partida Minas se cantou, em músicas negras, em músicas escravizadas nas lacunas da história, sem registro preciso, sem difusão, com grande maturidade. A religiosidade mesclada, catolicizada, sincrética, africana. A saga de um povo vindo à tona pelas bocas do próprio povo, renascidos em dramaturgia colaborativa, mostrando a que veio e de onde veio nosso Ponto de Partida."
Fred Furtado - Barbacena
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
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